ENTENDENDO A UNIDADE 3
Na entrevista de Pedro Demo: “Os desafios da linguagem do século XXI para a aprendizagem na escola”, ele aborda que a escola está distante do desafio do século XX. O fato é que quando as crianças de hoje forem para o mercado, elas terão de usar computadores, e a escola não usa. Algumas crianças têm acesso à tecnologia e se desenvolvem de uma maneira diferente - gostam menos ainda da escola porque acham que aprendem melhor na internet.
Nesse sentido é importante que os alunos tenham acesso a internet porque aprendem melhor interagindo com as outras pessoas, mas para isso é preciso que as escolas mudem, começando pelo professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor – ele é a figura fundamental. É a tecnologia das tecnologias e deve se portar como tal.
Mas essa mudança deverá partir do professor, será necessário que ele queira atualizar-se, para isso é preciso um curso grande, intensivo, especialização, voltar para a universidade, de maneira que o professor se reconstrua. Um dos desejos que nós temos é de que o professor produza material didático próprio, que ainda é desconhecido no Brasil. Ele tem que ter o material dele, porque a gente só pode dar aula daquilo que produz - essa é a regra lá fora. Quem não produz não pode dar aula, porque vai contar lorota. Não adianta também só criticar o professor, ele é uma grande vítima de todos esses anos de descaso, pedagogias e licenciaturas horríveis, encurtadas cada vez mais, ambientes de trabalho muito ruins, salários horrorosos... Também nós temos que, mais que criticar, cuidar do professor para que ele se coloque a altura da criança. E também, com isso, coloque à altura da criança a escola – sobretudo a escola pública, onde grande parte da população está.
Lendo no guia do cursista, em “Um pouco de história”, observei que o uso das tecnologias na escola pública brasileira, iniciou-se timidamente, com projetos pilotos em escolas no final de 1980. Nesses projetos, algumas experiências ocorriam com o uso do computador em atividades disciplinares e muitas outras eram extracurriculares e ocorriam em horários diferentes daqueles em que os alunos freqüentavam a escola. Essas situações poderiam ocorrer na visão instrucionista ou construcionista. Mas sempre observa-se a importância da figura do professor afim de ajudar o aluno na construção de seu conhecimento.
No construcionismo e a pedagogia por projeto, uma forma de favorecer o aprendizado do aluno na abordagem construcionista usando os recursos tecnológicos é por meio da pedagogia de projeto. Nesse contexto a aprendizagem não se restringe à acumulação de conteúdos ou a doses de informações isoladas. Ela é, efetivamente, um processo que ocorre de modo diferente em cada pessoa, que por sua vez, está inserida em um contexto sócio-histórico, por meio de um processo de aprendizagem significativa.
Durante o desenvolvimento do projeto, o aluno tem a oportunidade de reconstextualizar conceitos e estratégias, bem como estabelecer relações significativas entre várias áreas de conhecimentos. Para isso, cabe ao professor adotar uma postura de observação e de análise sobre as necessidades conceituais que emergem no desenvolvimento de um projeto e desenvolver estratégias pedagógicas que possibilitem o aprendizado do aluno, tanto no sentido da abrangência como no sentido do aprofundamento. ( FREIRE; PRADO,1999).
Neste curso, olhamos para a escola, as tecnologias, os projetos e o currículo, etc...
Nesse sentido, devemos lembrar que não posemos olhar apenas para o computador que temos hoje, nem para a internet acessada via computador, pois já a temos, hoje nos telefones celulares, que são mais baratos do que os computadores, com isso, há maior possibilidade de mobilidade e conexão de qualquer lugar e a qualquer momento e, conseqüentemente, de expandir as atividades escolares para alem da sala de aula, rompendo, assim, com os muros da escola, o que permite desenvolver projetos em diferentes espaços que poderão ser intergrados ao currículo.
Ao desenvolver projetos em sala de aula, apresenta-se a necessidade de se criar uma nova cultura educacional. Nessa perspectiva, a utilização das tecnologias e mídias potencializa a construção de redes de conhecimento e comunicação, bem como o desenvolvimento de projetos voltados para compreensão e para a resolução de problemas da realidade. O trabalho por meio de projeto potencializa a integração de: diferentes áreas de conhecimento, ou seja, a multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade; e várias mídias e recursos, tais como livros, TV, rádio, computador, filmadora...
Um projeto também pode ser feito a partir de um conteúdo disciplinar. O importante é que o seu desenvolvimento não se feche em si mesmo, deve romper barreiras e trabalhar as diversas áreas de conhecimento. Assim, a integração entre disciplinas se faz na prática, no desenvolvimento do currículo que trata o conhecimento em sua globalidade.
Por sua vez, a divisão entre as disciplinas não é estática e ocorre à medida que se aprofundam os conhecimentos de determinada área cuja compreensão exige estudos especializados. Não se pode esquecer que a pessoa aprende quando estabelece relações entre novas informações com conhecimentos que possuía e constrói novos significados. Isso ocorre tanto no âmbito de uma disciplina como na integração entre as disciplinas.
Quanto ao projeto e currículo, vemos que ao enfrentar tai situações, professores ficam inquietos, porque ao trabalhar projeto devem sistematizar o assunto de acordo com o currículo, logo o currículo não é apenas uma lista de conteúdos prontos a serem transmitidos aos alunos e não se esgota na aplicação do conhecimento e experiência do cotidiano.
O Projeto Amora do Colégio de Aplicação da UFRGS, há dez anos, vem construindo um modelo de trabalho que visa o desenvolvimento da autonomia e criatividade dos alunos. Os Projetos de aprendizagem, em que a criança desenvolve pesquisa a respeito de temas científicos , aliam este objetivo ao uso de ferramentas de interação e intervenção suportadas por tecnologia. Nesse sentido o Projeto Amora caracteriza-se por ser uma proposta que visa desenvolver a capacidade de autonomia dos alunos promovendo atividades que privilegiam diferentes formas de interação entre professores e alunos.
Resumo dos textos do guia do cursista no curso de Tecnologias na Educação.
Nesse sentido é importante que os alunos tenham acesso a internet porque aprendem melhor interagindo com as outras pessoas, mas para isso é preciso que as escolas mudem, começando pelo professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor – ele é a figura fundamental. É a tecnologia das tecnologias e deve se portar como tal.
Mas essa mudança deverá partir do professor, será necessário que ele queira atualizar-se, para isso é preciso um curso grande, intensivo, especialização, voltar para a universidade, de maneira que o professor se reconstrua. Um dos desejos que nós temos é de que o professor produza material didático próprio, que ainda é desconhecido no Brasil. Ele tem que ter o material dele, porque a gente só pode dar aula daquilo que produz - essa é a regra lá fora. Quem não produz não pode dar aula, porque vai contar lorota. Não adianta também só criticar o professor, ele é uma grande vítima de todos esses anos de descaso, pedagogias e licenciaturas horríveis, encurtadas cada vez mais, ambientes de trabalho muito ruins, salários horrorosos... Também nós temos que, mais que criticar, cuidar do professor para que ele se coloque a altura da criança. E também, com isso, coloque à altura da criança a escola – sobretudo a escola pública, onde grande parte da população está.
Lendo no guia do cursista, em “Um pouco de história”, observei que o uso das tecnologias na escola pública brasileira, iniciou-se timidamente, com projetos pilotos em escolas no final de 1980. Nesses projetos, algumas experiências ocorriam com o uso do computador em atividades disciplinares e muitas outras eram extracurriculares e ocorriam em horários diferentes daqueles em que os alunos freqüentavam a escola. Essas situações poderiam ocorrer na visão instrucionista ou construcionista. Mas sempre observa-se a importância da figura do professor afim de ajudar o aluno na construção de seu conhecimento.
No construcionismo e a pedagogia por projeto, uma forma de favorecer o aprendizado do aluno na abordagem construcionista usando os recursos tecnológicos é por meio da pedagogia de projeto. Nesse contexto a aprendizagem não se restringe à acumulação de conteúdos ou a doses de informações isoladas. Ela é, efetivamente, um processo que ocorre de modo diferente em cada pessoa, que por sua vez, está inserida em um contexto sócio-histórico, por meio de um processo de aprendizagem significativa.
Durante o desenvolvimento do projeto, o aluno tem a oportunidade de reconstextualizar conceitos e estratégias, bem como estabelecer relações significativas entre várias áreas de conhecimentos. Para isso, cabe ao professor adotar uma postura de observação e de análise sobre as necessidades conceituais que emergem no desenvolvimento de um projeto e desenvolver estratégias pedagógicas que possibilitem o aprendizado do aluno, tanto no sentido da abrangência como no sentido do aprofundamento. ( FREIRE; PRADO,1999).
Neste curso, olhamos para a escola, as tecnologias, os projetos e o currículo, etc...
Nesse sentido, devemos lembrar que não posemos olhar apenas para o computador que temos hoje, nem para a internet acessada via computador, pois já a temos, hoje nos telefones celulares, que são mais baratos do que os computadores, com isso, há maior possibilidade de mobilidade e conexão de qualquer lugar e a qualquer momento e, conseqüentemente, de expandir as atividades escolares para alem da sala de aula, rompendo, assim, com os muros da escola, o que permite desenvolver projetos em diferentes espaços que poderão ser intergrados ao currículo.
Ao desenvolver projetos em sala de aula, apresenta-se a necessidade de se criar uma nova cultura educacional. Nessa perspectiva, a utilização das tecnologias e mídias potencializa a construção de redes de conhecimento e comunicação, bem como o desenvolvimento de projetos voltados para compreensão e para a resolução de problemas da realidade. O trabalho por meio de projeto potencializa a integração de: diferentes áreas de conhecimento, ou seja, a multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade; e várias mídias e recursos, tais como livros, TV, rádio, computador, filmadora...
Um projeto também pode ser feito a partir de um conteúdo disciplinar. O importante é que o seu desenvolvimento não se feche em si mesmo, deve romper barreiras e trabalhar as diversas áreas de conhecimento. Assim, a integração entre disciplinas se faz na prática, no desenvolvimento do currículo que trata o conhecimento em sua globalidade.
Por sua vez, a divisão entre as disciplinas não é estática e ocorre à medida que se aprofundam os conhecimentos de determinada área cuja compreensão exige estudos especializados. Não se pode esquecer que a pessoa aprende quando estabelece relações entre novas informações com conhecimentos que possuía e constrói novos significados. Isso ocorre tanto no âmbito de uma disciplina como na integração entre as disciplinas.
Quanto ao projeto e currículo, vemos que ao enfrentar tai situações, professores ficam inquietos, porque ao trabalhar projeto devem sistematizar o assunto de acordo com o currículo, logo o currículo não é apenas uma lista de conteúdos prontos a serem transmitidos aos alunos e não se esgota na aplicação do conhecimento e experiência do cotidiano.
O Projeto Amora do Colégio de Aplicação da UFRGS, há dez anos, vem construindo um modelo de trabalho que visa o desenvolvimento da autonomia e criatividade dos alunos. Os Projetos de aprendizagem, em que a criança desenvolve pesquisa a respeito de temas científicos , aliam este objetivo ao uso de ferramentas de interação e intervenção suportadas por tecnologia. Nesse sentido o Projeto Amora caracteriza-se por ser uma proposta que visa desenvolver a capacidade de autonomia dos alunos promovendo atividades que privilegiam diferentes formas de interação entre professores e alunos.
Resumo dos textos do guia do cursista no curso de Tecnologias na Educação.
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